Exposição Pasteur, O Cientista

Chega finalmente ao Rio a exposição sobre um dos maiores cientistas da era moderna, Louis Pasteur (1822-1895). Pasteur, O Cientista, leva visitantes a espaços de informação, experiências, interação lúdica, projeções, videomapping e, principalmente, valorização da ciência e dos cientistas.

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A mostra é uma celebração à vida e à obra do francês Louis Pasteur, cientista revolucionário em muitos campos e símbolo da vacinação, por ter descoberto a vacina antirrábica. E, principalmente, um defensor da ciência.

Na exposição, vídeos, grafismos, animações, projeções, textos e desenhos apresentam toda a sua trajetória – e não apenas a dele. Pasteur, o Cientista faz uma permanente contextualização do tempo de Louis Pasteur, principalmente em relação aos acontecimentos da Europa e às descobertas do chamado século das invenções – em que surgiram o trem, a fotografia e o cinema, os motores a explosão, dirigíveis, telégrafo, telefone, iluminação pública e tantos outros símbolos da modernidade.

Mais que tudo, Pasteur, o Cientista traz à discussão a valorização da ciência e do ato histórico como elemento constituinte não somente da memória e da identidade, mas como a mais sólida base para o crescimento e o desenvolvimento da humanidade.

Animação e interação

Estruturada em seis atos, como uma peça de teatro, a exposição apresenta as descobertas de Pasteur em ordem cronológica: da solução de um enigma químico – cristais de ácido do vinho aparentemente iguais reagiam à luz de forma diferente – até a vitória contra a raiva, doença até então incurável.

Um busto de Pasteur recebe os visitantes e, sobre ele, é projetado um videomapping (imagens em 3D), enquanto a voz de Marie Pasteur narra a trajetória do marido. Uma curiosidade: o considerável talento artístico do pesquisador quando jovem é mostrado na reprodução de telas pintadas entre os 13 e os 20 anos.

Seguem-se ambientes em que filmes, aparelhos, mecanismos, jogos de charadas, vitrines mágicas e instrumentos de época desfilam as descobertas de Louis Pasteur na Química, no trabalho com os micro-organismos e na imunização de animais e seres humanos.

O visitante pode entender, por exemplo,  a pesquisa da vacina antirrábica num filme de animação em que uma menina, espiando da casa vizinha à do laboratório, acompanha os testes de Pasteur em coelhos; entende, através de um “microscópio”, como micro-organismos podem sobreviver sem oxigênio; espia pelo gargalo de garrafas de vinho para descobrir os segredos da fermentação da bebida; decifra junto com Pasteur o segredo dos “pastos malditos”, locais onde rebanhos inteiros morriam de antraz, entre outras atividades.

No final, um módulo especialmente produzido faz a ligação de Pasteur com o Brasil: pesquisas desenvolvidas por aqui, a admiração de D. Pedro II pelo cientista, o desenvolvimento nacional da produção de vacinas pelos Institutos Butantã e Oswaldo Cruz e seus desdobramentos na ciência contemporânea.

A mostra, ato a ato

PRÓLOGO: Busto de Pasteur recebe os visitantes com projeções de videomapping. Um grande ciclorama pontua a história cultural do século 19.

ATO 1 – CRISTAIS E DISSIMETRIA (1847-1857): O início de tudo: aos 21 anos, Pasteur decide – e consegue – resolver um mistério da ciência. Aqui, filme, experiência ótica e jogo de classificação ajudam a entender o processo.

ATO 2 – FERMENTAÇÕES (1857-1876): Pasteur e os micro-organismos da fermentação: como o cientista inventou a pasteurização e resolveu impasses de indústrias como a da cerveja e do vinho. Aqui também começa a relacionar contaminação por micro-organismos e doenças. Microscópios e jogos proporcionam a interação nesse ato.

ATO 3 – GERAÇÕES ESPONTÂNEAS? (1859-1864): A polêmica do surgimento dos micro-organismos: de onde vêm? Pasteur enfrenta outros cientistas e prova sua teoria.  O visitante descobre como foi, passo a passo, na multimídia instalada em vitrine mágica.

ATO 4 – DOENÇAS DOS BICHOS-DA-SEDA (1865-1869): Pasteur salva a indústria da seda, eliminando doenças dos insetos produtores, na sua primeira pesquisa em patologias animais. Maquetes, equipamentos de época e dioramas ilustram o método e as descobertas.

ATO 5 – DOENÇAS INFECCIOSAS E VACINAS (1876-1895): A pesquisa de Pasteur das vacinas para doenças dos animais se amplia.  Galinhas e carneiros recebem vacinas em experiências bem-sucedidas. O cientista ganha fama mundial com a invenção da vacina contra a raiva.  Um cenário de fazenda, jogos sobre as vacinas, filmes e maquetes contam essa história.

EPÍLOGO – PASTEUR E O BRASIL: Enquanto Louis Pasteur fazia a ciência avançar na Europa, os reflexos se suas pesquisas chegavam ao Brasil. D. Pedro II era um grande admirador do cientista, trocou correspondência com ele, tentou trazê-lo para o Brasil e fez uma grande contribuição para a criação do Instituto Pasteur. Foram fundados institutos de pesquisa e diversos cientistas e médicos brasileiros se destacaram na área, em especial Vital Brazil e Oswaldo Cruz.

Com parceria da Secretaria Municipal de Saúde, será montado um posto de vacinação na mostra, atendendo à população adulta e infantil com todas as vacinas necessárias. As crianças precisam apresentar carteira de vacinação para controle. O posto vai funcionar nos dias e horários da exposição, a partir da abertura.

Mais informações: Entrada gratuita De 30 de setembro a 3 de dezembro de 2023 De terça a sexta, das 9h às 17h/ sábado e domingo, das 10h às 18h Local: Fábrica de Espetáculos – Avenida Rodrigues Alves, 323, Santo Cristo (Gamboa)

Ponto de referência: VLT – Linha 1 – parada Utopia AquaRio

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