Achadouros – Espetáculo para Bebês CCBB

Oi pessoal! Tem bebê em casa? Então essa sugestão de teatro é para vocês! Trata-se de duas personagens que convidam o público a aventurar-se com elas em seu quintal imaginário, através de encenação poético-teatral.

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Nos dias 3 e 4 de setembro (sábado e domingo), em duas sessões diárias, o CCBB-Rio recebe o espetáculo para bebês “Achadouros”, dirigido por José Regino e concebido especialmente para bebês de 6 (seis) meses a 3 (três) anos de idade. O espetáculo, traz para a cena as atrizes Caísa Tibúrcio e Nara Faria, que convidam o público a aventurar-se com elas em seu “quintal imaginário”.

Livremente inspirado no livro “Memórias inventadas – para crianças”, do renomado poeta Manoel de Barros, “Achadouros” é resultado de um trabalho autoral desenvolvido em Brasília, em agosto de 2015, num processo de criação colaborativa entre o diretor José Regino e as atrizes Caísa Tibúrcio e Nara Faria.

Num pequeno cercado de madeira, envoltas em mais de 4 mil sacolas plásticas que compõem o cenário, as atrizes Caísa Tibúrcio e Nara Faria conduzem os espectadores, de todas as idades, a uma arqueologia das memórias da infância e apresentam a cada um a possibilidade de escrever sua própria história. Por meio de encenação poético-teatral e da exploração da linguagem não verbal, o espetáculo propõe uma reflexão poética sobre a chegada do ser humano ao mundo e sobre sua capacidade transformadora e criativa.

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Em “Achadouros”, as atrizes também trabalham com o conceito de “ressignificação” dos objetos do cotidiano. Como é o caso das inúmeras sacolas de plástico na cor branca compondo o cenário, que hora se transformam em galinha, cachorro, peixe, caramujo e até borboletas que – literalmente – voam e também assumem o papel de água do mar, do rio ou do lago. “Em nosso trabalho, a ressignificação das sacolas plásticas é uma reflexão sobre a necessidade de reavaliação de uma cultura pautada no consumismo descartável. Seu uso massivo no cenário remete ao exagero e à banalização na relação com os materiais industrializados”, afirmam Caísa Tibúrcio e Nara Faria, que ainda lembram: “São consumidos cerca de 2,5 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano no mundo. E cada delas leva até 400 anos para se decompor”.

As atrizes, que também são palhaças, explicam que tiveram muito cuidado para fugir dos clichês relacionados ao que convencionalmente é chamado de ‘universo infantil’. “Não é preciso mil estímulos para estabelecer a comunicação com a criança e compartilhar da experiência artística”, esclarecem Caísa e Nara, que escolheram tons neutros para compor a cenografia e o figurino.

A dramaturgia do espetáculo é evocativa e provocativa. Os elementos cênicos utilizados possibilitam uma recepção aberta, em que os signos evocam a diversidade das experiências cotidianas de bebês, crianças e adultos. As personagens/figuras permitem a comunicação com o público a partir dos gestos e da música, executada à capela e originalmente criada para o espetáculo, fazendo com que os espectadores compreendam a narrativa a partir de suas próprias referências e da criatividade de cada um. Assim, o espetáculo auxilia o espectador a tornar-se um co-criador da obra, acentuando a potencialidade do ser humano em criar.

“Achadouros” tem ainda uma maneira especialmente poética de discutir a relação do ser humano com a natureza. As imagens de animais, rios e plantas, evocadas na obra de Manoel de Barros, compõem o mosaico natural e o ambiente lírico desse espetáculo, que fala do ser humano como ser integrante, dependente e transformador da natureza. A encenação em várias camadas, incita o espectador a criar sua própria fábula, afastando-o da condição de um mero receptor de informações.

O espetáculo está diretamente ligado à fase da descoberta das crianças, um importante pilar na ampliação da consciência do indivíduo e nos processos de inserção social. Em cena, as descobertas acontecem dentro de um universo criativo e poético que é a própria metáfora da vida, com o nascimento, encontros e frustrações. O espetáculo traz à tona o mundo invisível e revela um universo mágico, que extrapola a consciência cotidiana e ingressa no campo das sensações e emoções comuns à humanidade.

Mais informações:

Dias 3 e 4 de setembro às 11h e 16h

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro – Teatro III

Duração: 30 minutos

Ingressos: Entrada Franca

*Retirada de senhas na Bilheteria do CCBB 30 minutos antes de cada apresentação. *

Fraldário e Estacionamento para carrinhos de bebê.

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