Oi pessoal! Hoje vamos falar de um assunto muito importante: A Ansiedade Parental. Espero que gostem!
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- “Penso muitas vezes que pode acontecer algo mau com o meu filho.”
- “Durante o dia pergunto-me se meu filho estará bem.”
- “Pego-me pensando que podem acontecer coisas ruins ao meu filho sem que eu possa fazer nada.”
- “Se meu filho se atrasa eu logo fico aflito.”
- “As pessoas me dizem que me preocupo demais com o meu filho.”
Estas afirmações já passaram pela sua cabeça? Estas foram as perguntas mais pontuadas da Escala de Ansiedade e Superproteção Parental (EASP) elaborada por pesquisadores da Universidade de Lisboa.
Os pais como primeiros educadores exercem grande influência no desenvolvimento social, cognitivo e emocional dos filhos. É absolutamente saudável a preocupação dos pais com seus filhos. Respostas ansiosas são emoções inatas, alertas de situações perigosas, que por isso foram evolutivamente vantajosas ao ser humano e seus ancestrais. Entretanto, em algumas situações essas respostas deixam de ser benéficas e passam a gerar graves limitações ao bem-estar.
Os pais possuem papel central no desenvolvimento e manutenção das perturbações de ansiedade, mas é provável que o comportamento parental e a ansiedade nas crianças afetem um ao outro. Uma manifestação comum da ansiedade de pais é a chamada superproteção parental, mencionada no início. A superproteção inclui preocupações excessivas com o bem-estar da criança, contato físico ou social excessivo e infantilização.
Já nos filhos, é bastante comum que um distúrbio de ansiedade se manifeste através do medo excessivo. O medo é uma ansiedade a estímulos específicos. A infância é um período de desenvolvimento e de transformações e os medos surgem na infância com a maior capacidade de perceber perigos, de não compreender completamente as situações e de não poder controlá-las. Em alguns casos, porém, podem vir a interferir no funcionamento adaptativo da criança e gerar sofrimento, dificuldades de autonomia, dificuldades escolares e perturbações ansiosas na idade adulta.
Existem diversos tipos de Perturbações de Ansiedade em crianças relacionadas ao medo, como por exemplo a Ansiedade de Separação, o Transtorno de Ansiedade Generalizada, Fobias Específicas, Fobia Social e o Transtorno Obsessivo-compulsivo.
Nesses casos em que a ansiedade se revelar excessiva, seja da parte dos pais, seja dos filhos ou de ambos, é importante que a família procure a ajuda de um psicólogo. Esses transtornos podem ser tratados através de técnicas de Terapia Cognitivo-comportamental que são eficazes para extinguir ou atenuar os sintomas e ensinar a criança e seus cuidadores a lidarem, da melhor maneira possível, com as suas dificuldades.
Para ajudar:
- Respire fundo. Nada de tão ruim pode acontecer que você não possa resolver. Reflita sobre as reais chances de acontecer aquilo que você teme;
- Feche os olhos e preste atenção na sua respiração, procure uma aula de ioga ou meditação para treinar a respiração. Transmita ao seu filho as técnicas de respiração e concentração que aprender;
- Converse com seu filho sobre questões básicas de segurança, como andar sempre ao seu lado, identificar os seguranças dos locais que frequenta, saber o que fazer em caso de emergência;
- Não cobre tanto nem de si nem de seu filho. Perceba as reais necessidades da criança na faixa etária dela e seja flexível;
- Tente não transparecer suas ansiedades e preocupações para seu filho. Pense, se esses sentimentos não fazem bem para você imagine para seus filhos. Procure a ajuda de amigos, familiares ou de um terapeuta para expressar seus sentimentos e ansiedades.
Texto escrito por Marcela Ferreira Freire exclusivamente para o Rio com Crianças.
Marcela Ferreira Freire (CRP 05/46551) é Psicóloga Cognitivo-comportamental e atende no Autonomia Instituto.